terça-feira, março 28, 2006

Manual de sobrevivência


Também eu já, senti não haver,
Lugar ou espaço… Esperança pra ter
Também eu sei da raiva a nascer,
Por tantos gritos, ter que conter…

Mas sei também que fora de nós não há salvação,
Resta nos então, dar asas ao que se inventa…

Finge, esquece, engana o desencanto brinda por ti por hoje e por enquanto
Finge, esquece, engana o desencanto brinda por ti

Também eu já estive sozinha, entre tanto fel, erva daninha…
Mas vi também que fora de nós não há salvação
Resta nos então dar asas ao que se inventa…

Finge, esquece engana o desencanto brinda por ti por hoje e por enquanto
Finge, esquece engana o desencanto brinda por ti…


Susana Felix

quinta-feira, março 16, 2006

O caminho


Acordo assustada
Que sítios é este?!
Vejo pessoas a passar por mim,
Parece que nem me vêem ali deitada no chão,
Que se passa com toda a gente?
Levanto-me…
Dirijo-me à pessoa mais próxima
Mas parece que esta não me vê, não me ouve…
Grito!... Nada…
Começo a percorrer a multidão,
Nada, ninguém parece sequer saber que existo…
O meu coração acelera, entro em pânico…
Mas o que é que se passa? Onde estou eu?
Dou voltas e voltas,
É uma encruzilhada de caminhos em todas as direcções…
Desisto, rendo-me à evidência
Estou perdida…
Estou sozinha…
Como vou voltar pra casa?
Percebo que sem ajuda não encontrarei o caminho...
As lágrimas começam a inundar os meus olhos…
Estou só e confusa…

Sinto uma presença,
Levanto os olhos…
O meu rosto ilumina-se…
És tu!!!
E dizes-me:
Tanto tempo tiveste perdida em ti. Vem, vou te mostrar o caminho para casa.”

Dedicado a todos os meus amigos, aqueles que mts vezes me foram buscar quando estava perdida em mim e me mostraram o caminho de regresso. A todos um grande OBRIGADO.

quinta-feira, março 09, 2006

Um anjo bate à minha porta…


Um sinal, uma lágrima,
Uma palavra, uma arma,
Limpar as estrelas com álcool da minha alma

Um vazio, um mal,
Umas rosas que murcham,
Alguém que toma o lugar de outro alguém.

Um anjo bate à minha porta
Deverei deixa-lo entrar?
Nem sempre é a minha culpa
Se as coisas estão acabadas
O diabo bate à minha porta
Ele pede para falar comigo,
Há sempre em mim a outra
Atraída pelo perigo.

Um filtro, uma falha
O amor, uma palha
Afogo-me num copo de água,
Sinto-me mal na minha pele

Eu rio, eu escondo a verdade por detrás de uma máscara,
O sol nunca mais se vai levantar.

Um anjo bate à minha porta
Deverei deixa-lo entrar?
Não é sempre a minha culpa
Se as coisas estão acabadas
O diabo bate à minha porta
Ele pede para falar comigo,
Há sempre em mim a outra
Atraída pelo perigo

Não sou assim tão forte,
E à noite eu não durmo,
Todos esses sonhos põem me mal
Uma criança bate à minha porta
Ela deixa entrar a luz
Tem os meus olhos e o meu coração,
E atrás dela é o inferno.
Um anjo bate à minha porta
Deverei deixa-lo entrar?
Não é sempre a minha culpa
Se as coisas estão estragadas.

Tradução da música de Natasha St-Pier "Un ange frappe à ma porte" uma bela letra e uma bela musica para ouvir aki pelo blog :) não axam?