quinta-feira, abril 05, 2007

Quando (já nada é intacto)

Qdo já nada é intacto
Qdo td na vida vem em pedaços
E por dentro me rebenta um mar
Qdo a cidade alucina
Num luar de néon e de neblina
E me eskeço de sonhar

Qdo há klk coisa k sufoca
E os dias são iguais a outros dias
E por dentro o tempo é tão voraz

Qdo de repente num segundo
Klk coisa me vira do avesso
E desfaz cada certeza do meu mundo

Qdo o sopro de uma jura
Faz balançar os dias
Qdo os sonhos contaminam
Os medos e os cansaços
Qdo ainda me desarma
A tua companhia
E td o k a vida faz
Em mim

Qdo o dia recomeça
E a noite ainda te prende nos seus braços
E por dentro te rebenta um mar

Qdo a cidade te esconde
E o silêncio é o fundo das palavras
Que te eskeces de gritar


De Mafalda Veiga in Na Alma e Na Pele